Saiba o que ficou decidido na 5º rodada da negociação coletiva
A comprovada essencialidade e os riscos impostos aos trabalhadores em postos de combustíveis não contribuíram para um acordo entre patrões e os sindicatos representantes da categoria, entre eles, o Sinpospetro Niterói e Região. A luta por R$17,50 de aumento não conseguiu derrubar a proposta vazia dos patrões.>
Impasse nas negociações
No último dia 5 de agosto, aconteceu a quinta rodada de negociação envolvendo ainda as entidades do Rio de Janeiro, Campos e o Sindestado. Por conta da pandemia, as reuniões foram virtuais, o que não diminuiu a combatividade e as inúmeras divergências. De um lado, os patrões propuseram apenas 1% de aumento já e mais 0,5% em janeiro. A reivindicação laboral era o dobro: 2% agora e 1% em janeiro, mais reajuste de 5% na cesta, PLL e seguro de vida. Uma segunda proposta pleiteia 1,5% de aumento agora e outros 1,5% em janeiro.Presidente do Sinpospetro Niterói comenta a proposta patronal
Em um momento em que é imperativa a revalorização do trabalhador e não sua extinção, cinco rodadas de negociação aconteceram, sem uma conclusão. Enquanto isso, a retomada gradativa das atividades econômicas e sociais impõe ainda mais riscos aos trabalhadores e suas famílias, adverte o presidente do Sinpospetro Niterói e Região, Alex Silva: “O movimento nos postos já voltou ao normal, as filas para o abastecimento já são uma realidade. A proposta do patronal é vazia, pois estamos falando de um reajuste retroativo aos últimos 12 meses, e não somente de março para cá. Não houve lucro no período anterior à pandemia?

Alex Silva | Presidente do Sinpospetro Niterói
Se há um compromisso para o futuro, quando as coisas melhorarem, porque não dividir um aumento melhor para janeiro? Outras categorias que pertencem aos serviços essenciais estão recebendo aumento e compensações pelos trabalhos prestados. Há, inclusive, um projeto de lei para conceder R$ 300,00 aos trabalhadores em postos de combustíveis.”Os R$ 17,50 que os patrões rejeitam não podem comprar:“Encontramos muitos companheiros que estão ou ficaram doentes, dando a vida, totalmente expostos defendendo os negócios dos empresários, precisamos garantir o mínimo possível para a categoria e dignidade para o trabalhador”, reforça o presidente Alex Silva. E avisa: “Diante do impasse nas negociações, ficou decidido em reunião que, se não houver um acordo no próximo encontro, a pauta de reivindicações dos trabalhadores em postos de combustíveis será levada ao Ministério Público do Trabalho.”
A luta segue firme! A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 26 de agosto, às 14:30h, presencial, na sede do Sindestado.
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