Ministério da Saúde nega vacinação prioritária à categoria, apesar dos esforços do Sinpospetro Niterói e Região.
O Governo Bolsonaro, através do Ministério da Saúde, alegou a inexistência de vacinas em número suficiente para priorizar a vacinação dos trabalhadores em postos de combustíveis.
A categoria, que sofreu um aumento de mais de 60% nas mortes durante a pandemia, engrossando a triste marca de 435 mil vidas perdidas, foi abandonada à própria sorte, apesar de sua essencialidade comprovada, por garantirem o abastecimento de ambulâncias, viaturas da polícia e bombeiros, caminhões, ônibus e demais veículos.
Desde o início da pandemia, o Sinpospetro Niterói e Região vem lutando em defesa da vida dos trabalhadores em postos de combustíveis, suas famílias e clientes. A alta rotatividade no atendimento expõe os profissionais que, nem sempre, recebem os EPIs necessários à sua proteção.
O sindicato vem trabalhando com afinco, averiguando denúncias e tomando as medidas cabíveis. A vacinação trouxe à tona a urgência de imunização das atividades fundamentais e a ação rápida da entidade, prontamente solicitando a inclusão de seus representados na lista prioritária, infelizmente, sem sucesso.

“A resposta enviada pelo Ministério da Saúde reconhece a importância da categoria, mas alega a falta de imunizantes. Esse é o resultado cabal da política negacionista imposta pelo governo brasileiro desde o começo dessa guerra contra o coronavírus”, expõe o presidente do Sinpospetro Niterói e Região, Alex Silva, que acrescenta: “Ao longo dos últimos 15 meses, assistimos um espetáculo de horrores, com o presidente da República e seus subordinados participando de aglomerações, inúmeras vezes sem máscaras; recomendando medicamentos sem comprovação científica contra a doença; mostrando total desinteresse pela compra das vacinas em meados de 2020; ironizando o número de famílias desfeitas; e, insistentemente, menosprezando a gravidade da ‘gripezinha’”.

Os dados que apontam que a baixa na categoria no período pandêmico chegou a 68% foram divulgados pelo Ministério da Economia. Os números não reportam só óbitos pela Covid-19, mas oferecem uma boa ideia do impacto da Covid-19 em serviços que são essenciais, na hora de definir quem fica em casa, mas que são empurrados para o final da fila das prioridades na vacinação. São informações oficiais que mostram que a categoria não pode mais esperar.
Atraso na vacinação aumenta números de óbitos
“Todos sabemos que se as vacinas tivessem chegados mais cedo o quadro agora seria outro. Vemos agora a definição de prioridade ser decidida também sem planejamento, sem logística alguma, provocando uma corrida pela sobrevivência muitas vezes definida nos gabinetes”, brada Alex Silva.
O presidente do Sinpospetro Niterói e Região garante que a luta não para na negativa do Governo Federal: “Continuaremos mobilizando a categoria e a população, como no abaixo-assinado recém lançado, intensificaremos nossos argumentos nas treze prefeituras de nossa abrangência e não descartamos uma possível greve para chamar a atenção sobre essa situação gravíssima.”
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