Reunião de Convenção Coletiva termina sem avanços
Aconteceu nessa terça-feira (29), a reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho dos empregados em postos de combustíveis e lojas de conveniência, entre a Diretoria e Jurídico do SINPOSPETRO Niterói , SINPOSPETRO Campo, SINPOSPETRO RJ e representantes do sindicato patronal, no formato on-line. Foi recusado novamente o aumento de 5%, oferecido pelos patrões, índice abaixo da inflação, e também não houve avanço nas cláusulas sociais.
Patrões negam rejuste pedido, alegando suposta queda no movimento
Segundo o presidente do SINPOSPETRO Niterói e Região,“o índice de 5% já havia sido recusado na reunião anterior, pois é quase a metade do índice da inflação, que gira em torno de 8%. Os patrões alegam que o movimento nos postos caiu e, por isso, não podem avançar no reajuste, porém não apresentam números. Essa informação contradiz dados do setor de combustível, que está aquecido”.
Segundo pesquisas, setor de serviços se recupera, porém empresários negam
“Empresários estão comprando e vendendo estabelecimentos e até ampliando algumas redes. Já o setor de serviço, desde de outubro do ano passado, vem se recuperando, assim como a economia do país. Temos que ser sensíveis a esse momento que estamos vivendo, uma proposta abaixo do índice de inflação é imoral e, além disso, sem avanço nas cláusulas sociais, onde o reajuste da cesta básica foi de 13,55%, segundo o DIEESE.”

Apesar de constantes solicitações pautas sociais não avançam nas negociações
“O aumento da energia, que foi aprovado pelo governo em 52% e quem paga a conta é o trabalhador. O dever de uma empresa cidadã é a reposição integral da inflação, pelo menos. As causas sociais não impactam os empresários, como cota para as mulheres nos postos, o que já é uma realidade; estabilidade pré-aposentadoria; e ultratividade da norma coletiva. Me causa estranheza como a negociação vem ocorrendo, com o processo sendo acelerado e não avançando nos acordos das causas sociais, que são muito importantes.”
Alex Silva ainda acrescentou que é preciso ter boa fé, trazer os números para mesa de negociação: “temos a responsabilidade, como representantes da categoria, de buscar o ressarcimento das perdas salariais. Os trabalhadores se expuseram diuturnamente nesse tempo para defender o lucro dos empresários, para defender seus salários e sustentar suas famílias.
Colabores de postos de combústiveis representam categoria que teve maior número de óbitos durante a pandemia
Somos a categoria que mais morreu na pandemia. Precisamos ter respeito pelos trabalhadores e empresários, mas entender que temos que contribuir para uma sociedade mais justa e para próxima rodada apresentar números e evoluir na negociação.”
A próxima reunião será no dia 6 de julho, às 15h, no formato virtual.
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